Pedro Andrade Celebra a Paternidade e a Diversidade Familiar em Nova Série da HBO
“Um Tanto Familiar com Pedro Andrade” estreia dia 21 de outubro na HBO e HBO Max e mergulha nas diferentes formas de amar, criar e ser família ao redor do mundo.
A HBO estreia no dia 21 de outubro a nova série documental Um Tanto Familiar com Pedro Andrade, apresentada pelo jornalista e comunicador Pedro Andrade. Com oito episódios de 30 minutos, a produção será exibida semanalmente, toda terça-feira, às 21h30, no canal HBO e na plataforma HBO Max.
Produzida por Tatiana Issa e Guto Barra — vencedores de três prêmios Emmy —, a série propõe uma reflexão sensível sobre como diferentes culturas influenciam a criação dos filhos e moldam o conceito de família.
Uma jornada pessoal e universal
Em Um Tanto Familiar, Pedro Andrade compartilha sua própria experiência de paternidade ao lado do marido, Benjamin Thigpen, com quem realizou o sonho de formar uma família. A produção acompanha o casal desde o processo de fertilização e a gestação de Isabel, nascida por meio de uma barriga de aluguel, até o primeiro ano de vida da filha.
Mais do que um relato íntimo, a série se transforma em uma jornada global que percorre Itália, China, Japão e Estados Unidos, retratando encontros emocionantes com pais e mães de diversas origens e contextos culturais.
Reflexões sobre o significado de ser família
Com uma narrativa delicada e envolvente, Pedro convida o público a refletir sobre as novas configurações familiares, as emoções e os desafios da paternidade contemporânea. Cada episódio explora não apenas o impacto da chegada de uma criança na vida do casal, mas também as mudanças que reverberam em seu entorno — da dinâmica social às tradições culturais.
“Um Tanto Familiar com Pedro Andrade” propõe uma conversa aberta e inspiradora sobre amor, pertencimento e transformação. Um retrato moderno e emocionante sobre o que realmente significa ser família no mundo de hoje.
Bruno Marinho: Pedro, é sempre um prazer falar com você! A série nasce de uma experiência muito íntima — o seu desejo de ser pai e o processo de construção da sua família com o Benjamin. Em que momento você percebeu que essa história pessoal poderia se transformar em uma narrativa universal sobre o significado de ser família?
Pedro Andrade: Eu sempre tive o privilégio de explorar realidades diferentes das minhas, e toda vez que algo despertava o meu interesse e a minha curiosidade, eu mergulhava de cabeça nessa realidade e convenientemente esclarecia, procurava as respostas para as perguntas que eu tinha! Eu fiz isso quando explorei a realidade de refugiados, dos líderes de cartel, dos profissionais do sexo, da comunidade carcerária e mesmo essa minha compulsão por viagem, esse apetite por entender outras realidades, ele é uma das minhas facetas mais constantes na vida.
Essa curiosidade, moldou o homem o qual me tornei, o jornalista que sou no momento, e o pai que eu sou hoje! Quando eu decidi, quando eu tive certeza de que eu queria ser pai, eu optei por entender melhor esse universo e acabei fazendo um episódio sobre Barriga de Aluguel, entrevistando pessoas que puseram seus filhos para adoção, pessoas que foram adotadas e me dei conta de que eu sabia muito pouco sobre esse universo. Eu me considero um cara razoavelmente esclarecido (risos), e nesse momento pensei, eu acho que o mundo tem que entender melhor esses conceitos de família, repensar essa definição do que é uma família, antes de julgar.
A gente vive um momento em que é muito fácil cair na cilada de julgar aquilo que a gente não entende, então, acho que sem qualquer ativismo barato, esse programa é uma tentativa de esclarecer essas realidades diferentes, para que as pessoas tenham uma opinião mais embasada sobre o que é uma família, como podem ser suas variantes hoje em dia! Lembrando que mesmo quem não é pai ou mãe, é filho, e faz parte de um núcleo familiar, então eu acho que é um tema muito universal!
Bruno Marinho: Durante as gravações, você conheceu famílias em países com culturas e valores muito distintos. Qual encontro mais te marcou e te fez repensar a própria forma de ver o amor, a paternidade e os laços familiares?
Pedro Andrade: Esse é um tema tão rico, que fazer essa curadoria foi um grande desafio. Escolher exatamente quais estruturas familiares a gente ia registrar, abordar, explorar... foi relativamente difícil, porque a gente podia ter duas temporadas ou mais, apenas sobre esse assunto. Cada episódio me ensinou uma série de lições que, até então, não sabia que eu precisava! O episódio sobre adoção, é um capítulo lindíssimo, no qual eu tive acesso a uma mãe que colocou o filho para adoção, eu tive acesso a uma mãe que adotou uma criança, eu tive acesso a um homem, que hoje tem uma filha na idade que ele tinha quando foi adotado... é difícil você conseguir encontrar todas as peças de um quebra-cabeça, quando você vai contar uma história tão cheia de nuances como essa!
O episódio sobre mãe solo, por exemplo, é um capítulo hiper emocionante, com o qual eu me identifico. Hoje em dia existe um movimento gigantesco aqui nos Estados Unidos de mãe solo, por opção, e filhos de uma mãe solo (ele ou ela), não têm uma referência masculina em casa; já a minha filha Isabel, não tem uma referência feminina em casa, então eu me identifiquei demais com todas essas pessoas. O episódio sobre pais mais velhos é um espetáculo, porque fala sobre finitude, sobre um tipo de “contagem regressiva” do nosso tempo de vida, independente de quando você se torna pai.
O episódio sobre famílias temporárias, (que são famílias que adotam crianças ou adolescentes por tempo determinado, e quando essas crianças já têm estrutura para voltar para casa, elas voltam),- discorre sobre acolhimento, sobre abandono, sobre amor gratuito sem esperar nada em troca. E, apesar do programa abordar “família”, acho que no final das contas aborda muito mais que esse núcleo. Engloba um aspecto da experiência humana que é realmente muito universal! Eu tenho uma queda, um olhar especial para o episódio que vai passar na semana que vem, na terça-feira, na HBO Max, às 21h30, porque é o único episódio no qual eu não exploro mais nenhuma outra realidade! Os únicos protagonistas somos eu, o Ben, a Isabel, e a família da barriga de aluguel.
Vocês vão acompanhar um dos momentos mais íntimos e mais transformadores da minha vida, que foi o parto da Isabel! Eu espero que todo mundo curta, dê uma chance, seja uma pessoa mais conservadora, ou uma pessoa com a cabeça mais aberta! Eu acho que existe encanto e muito amor em todas essas versões de uma família, todos esses olhares, no programa“Um Tanto Familiar”.






