Novas Perspectivas
De tatuador a artista plástico, Di Castro se reinventa e abre um universo de possibilidades com seus gestos sobre a tela
por Lenora Rohlfs e Leopoldo Gurgel – plataforma TENDÊNCIAS | fotos Luiza Chaves
Como tatuador, ele é conhecido aqui e no exterior. Recentemente retornou de Berlim, Dublin e Londres, cidades para onde foi a trabalho, cravando em corpos a marca de seus desenhos. Como artista plástico, ele começa a ser descoberto agora, com a exposição Sinfonia em Fragmentos, em cartaz na Livraria da Rua, e outra que será aberta em agosto, na Galeria Gilda Queiroz, ambas em Belo Horizonte.
“Arte tem que ser intuitiva, livre”, comenta Di Castro, que no começo encarou a pintura como uma forma de experimentar a cor e se soltar mais. Utilizando a tela como suporte principal de seus trabalhos, o artista registra sentimentos, desejos e contradições utilizando gestos largos e tonalidades expressivas como um desabafo. A palavra pode aparecer em suas composições poéticas, mas é o desafio, um chamado interno que o move.
Em sua primeira série, Sinfonia em Fragmentos, ele foge dos clichês para se aprofundar no que essa força motriz do amor representa na vida, na convivência, no sonho e nas ambições de cada um. Assim, Di Castro, sem sair do seu caminho ligado ao gesto, se reinventa não só para si mesmo, mas para um universo de possibilidades.