JOIAS RARAS
Novas esculturas de Leopoldo Martins seduzem o público por sua harmonia e plasticidade e trazem a leveza poética que o artista imprime em suas obras
por lenora rohlfs e leopoldo gurgel – plataforma TENDÊNCIAS
fotos vitor maciel (no atelier) e daniel mansur (still)
Quem já viu ou tem alguma joia assinada pelo artista Leopoldo Martins sabe da beleza e da potência de seus trabalhos também nessa seara. Pois o artista, que na década de 1990 se impôs no mercado de arte internacional, faz um retorno triunfal às joias, porém, agora, não vestíveis. Sim, são verdadeiras joias a nova fase de sua série Insetos.
Batizadas de Espectros na Floresta, as esculturas abstratas em bronze têm formas ameboides e parecem nos fazer um convite à introspecção. Nelas, o artista experimenta uma pátina diferente das quais já utilizou. Agora, ela brinca com castanhos, esverdeados, grafites e outros matizes, que se apoderam de uma explosão de sentimentos em cada nuance.
Cada peça seduz o olhar do público pela harmonia e plasticidade que apresentam. Nessas esculturas, Leopoldo Martins extraiu o universo poético de uma cena peculiar. Na época da pandemia, ao permanecer em sua casa em um condomínio nos arredores de Belo Horizonte, pôde conviver longamente com os mais variados (e belos!) insetos da mata que a circunda.
Assim nasceu a série Insetos, e agora seu desdobramento, Espectros na Floresta, em exposição atualmente na Galeria de Arte do TJMG, em Belo Horizonte. Mais uma vez, a mostra expressa a mesma leveza que Leopoldo Martins tem no olhar, na fala, nos gestos e em tudo o que ele transmite com suas esculturas. Dessa vez, em esculturas que são verdadeiras joias.