HÔTEL LANCASTER
Ícone da hotelaria de luxo celebra 100 anos com homenagens a estrelas que marcaram sua história
Paris é uma cidade feita de endereços lendários — e entre eles, poucos têm tanta aura de glamour quanto o Hôtel Lancaster, que em 2025 comemora um século de existência. Localiza do no coração dos Champs-Élysées, a poucos passos do Arco do Triunfo, o edifício construído em 1889 e convertido em hotel em 1925 foi refúgio de reis, artistas e estrelas de Hollywood.
Ao longo das décadas, nomes como Marlène Dietrich, Elizabeth Taylor, Richard Burton, Sophia Loren, Orson Welles e até a Rainha Elizabeth passaram por seus salões. Mais que hóspedes, transformaram o Lancaster em palco de histórias pessoais, memórias cinematográficas e até episódios de escândalo.
UM REFÚGIO CINEMATOGRÁFICO
Marlène Dietrich viveu no hotel durante três anos, na década de 1930, período em que chegou a esconder o escritor Erich Maria Remarque em sua suíte. O espaço que ocupava, hoje batizado em sua homenagem, ainda preserva o piano Erard original, símbolo da relação íntima entre a atriz e o endereço parisiense.
Sophia Loren também fez do Lancaster um lar temporário. Em 1963, foi ali que posou para fotos usando o vestido que brilharia no Oscar e, anos depois, recebeu de Carlo Ponti um presente extravagante: um Rolls-Royce sob medida entregue à porta do hotel.
Elizabeth Taylor e Richard Burton, por sua vez, eternizaram episódios marcantes — do Natal em família até a chegada com 156 malas, cães de estimação e nada menos que 21 suítes reservadas. Como em qualquer lar, também ali houve discussões explosivas, registradas discretamente nos corredores.
O hotel foi ainda cenário de filmagens icônicas, como La Mandarine (1970) e, mais recentemente, Chronique d’une Liaison Passagère, de Emmanuel Mouret, gravado durante a pandemia.
CENTENÁRIO EM GRANDE ESTILO
Para celebrar os 100 anos, o Hôtel Lancaster preparou uma programação especial. A instalação interativa “100 Murmúrios” transforma o lobby em mural poético de memórias. Já o bar CopperBay Lancaster apresenta uma carta de drinques inspirada em personalidades que marcaram a história do hotel — do clássico French 75 reinterpretado em homenagem a Émile Wolf, fundador da casa, ao Old Fashioned revisitado para Marlène Dietrich.
Outro destaque é a coleção de três livros inéditos que eternizam os universos que moldaram o Lancaster: cinema, arte e gastronomia. Entre os relatos, um episódio pitoresco protagonizado por Elizabeth Taylor e Richard Burton, além do escândalo, envolvendo a atriz francesa Arletty, presa em 1944 no próprio hotel por seu relacionamento com um oficial alemão.
SOFISTICAÇÃO ATEMPORAL
Com 54 suítes decoradas com mobiliário do século XVII em diálogo com peças contemporâneas, o Hôtel Lancaster mantém viva a atmosfera de mansão familiar. O charme está em unir passado e presente, transformando cada detalhe em testemunho de uma época que não se perdeu — mas que, agora, é celebrada em sua forma mais grandiosa.
O centenário do Lancaster não é apenas uma comemoração: é um convite a mergulhar em um século de histórias que unem luxo, arte e a intimidade das grandes estrelas.
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