Descubra o Negroni, a Bebida Favorita dos Bartenders
Descubra a história e as variações do Negroni, a bebida favorita dos bartenders, e como sua simplicidade conquistou o paladar de muitos.
Se você for até as profundezas da Itália, encontrará em alguma esquina a “Santíssima Trinidade”, que já se espalhou por todo o globo: gin, Vermute e Campari.
Ao se juntarem, esses três ingredientes simples criam uma das mais emblemáticas bebidas do mundo da coquetelaria, uma mescla simples, mas que, ao mesmo tempo, nos aporta uma rica história e sabores que harmonizam entre si: com vocês, o Negroni!
Pergunte a qualquer bartender qual é a bebida favorita dele e, na grande maioria das vezes, sua resposta estará dividida entre o famoso Old Fashioned e um belo e simples Negroni.
No mundo em que vivemos hoje, com bebidas alcoólicas que chegam a agregar dez ou mais ingredientes − coquetéis que mimicam salada de frutas com suas variadas guarnições, e até mesmo a adição de ingredientes como queijo, pipoca e curry em uma taça Martini, longe de seu habitat natural −, às vezes, nosso corpo pede um descanso, um retorno à simplicidade de sentar em um bar, ou até mesmo em casa, e desfrutar de algo que excita nosso paladar com sua descomplicação.
Em um Negroni, você encontra a mistura de todos os sabores que uma pessoa busca em um coquetel, com os botânicos cítricos do gin, a doçura do Vermute e o amargo do Campari. Qualquer um encontra prazer no desembaraço. Adicione, então, uma lasca da casca de uma laranja fresca e você atingirá sua epifania ébria!
QUANDO BEBER NEGRONI?
Em que ponto do dia pedimos ou fazemos um Negroni?
A qualquer momento em que ousemos. Como aperitivo, digestivo, ou até mesmo sem planos de comer algo antes, ou após saboreá-lo. E, para o café da manhã, há sempre aqueles que dizem que se bebermos antes de meio-dia, somos piratas, não alcoólatras.
ORIGEM DO NEGRONI
A história mais popular sobre a criação do Negroni é tão simples quanto sua composição. Com uma origem difusa, existem diferentes versões de como esse famoso coquetel foi criado e qual foi o “messias” que nos trouxe a “palavra divina”.
A versão mais comum e defendida nos leva até Florença em 1919, quando o conde Camillo Negroni entrou em seu bar favorito, Café Casoli, e pediu o famoso precursor do nosso amado Negroni: um Americano, com uma parte Campari, outra Vermute e outra club soda, solicitando ao bartender um câmbio do club soda por gin.
Uma vez, li em um artigo alguém dizer que o Negroni é uma democracia: a perfeita harmonização dos seus três ingredientes, sem que um domine por cima do outro. A natureza poética desse coquetel fez com que sua popularidade se espalhasse pelo mundo inteiro, e, mesmo tendo uma base forte, sua simplicidade convida muitos bartenders a criar variações próprias e brincar um pouco com seus sabores.
Ao passar dos anos, o Negroni tornou-se o pai de diversos outros coquetéis, alguns seguindo a simplicidade de sua composição e outros aderindo à complexidade modista do século XXI. Aqui estão algumas variações, tão poéticas quanto seu precursor, que se tornaram famosas em bares ao redor do mundo:
WHITE NEGRONI
40 ml de Plymouth Gin
20 ml de Lillet Blanc ou Dry Vermouth
20 ml Suze
NEGRONI SBAGLIATO
30 ml Sweet Vermouth
30 ml Campari 30 ml
Prosecco ou algum outro espumante
BOULEVARDIER
30 ml Bourbon
30 ml Sweet Vermouth
30 ml Campari