CHIARA BACCANELLI
Entre o design e a poesia da arte contemporânea
por bruno marinho imagens divulgação
Nascida em Buenos Aires, em 11 de agosto de 1993, Chiara Baccanelli divide hoje sua vida entre Punta del Este, no Uruguai, e o Lago de Como, na Itália. Seu percurso artístico é marcado por uma transição decisiva: em 2013, deixou para trás o interesse inicial em História da Arte para mergulhar no universo do design.
Graduou-se em Design de Interiores pela prestigiada Nuova Accademia di Belle Arti (NABA), em Milão, onde desenvolveu um profundo entendimento da linguagem arquitetônica e espacial — base que se tornaria central em sua prática artística.
A inquietação criativa levou Chiara a expandir ainda mais seus horizontes. Em 2017, concluiu um mestrado em Artes Visuais e Estudos Curatoriais também na NABA, aprofundando-se em arte contemporânea, práticas curatoriais e no diálogo entre arte e design. Nesse período, aperfeiçoou sua capacidade de integrar diferentes disciplinas criativas, consolidando um olhar próprio e singular.
Sua trajetória acadêmica foi acompanhada por colaborações com artistas renomados, curadores influentes e galeristas de prestígio. O resultado se reflete em exposições individuais e coletivas na Itália, Argentina, Uruguai e Estados Unidos, além da participação em importantes feiras internacionais de arte. Hoje, suas obras fazem parte de coleções particulares e de acervos de museus de relevância.
Em 2018, Chiara viveu uma experiência transformadora ao participar de uma residência artística na Fondazione MACC, em Calasetta, na Sardenha. Durante dois meses, imersa na cultura e nas tradições locais, desenvolveu trabalhos que hoje integram a coleção permanente do museu. Essa vivência deixou marcas profundas em sua produção, aproximando-a ainda mais da natureza como fonte de inspiração.
Atualmente, entre ateliês rodeados por paisagens exuberantes, Chiara Baccanelli se dedica à exploração abstrata, com foco na relação entre espaço e cor. Sua prática atravessa diferentes linguagens — pintura, fotografia, cerâmica e escultura — sempre com o objetivo de traduzir a delicada tensão entre o mundo natural e a experiência humana.
As flores, tema recorrente em suas obras, surgem como metáforas da liberdade, da transformação e da fragilidade. Delicadas e orgânicas, suas formas refletem tanto a vulnerabilidade quanto a resiliência da vida. “Minhas criações buscam dar forma àquilo que não pode ser dito em palavras: emoções silenciosas que moldam nosso mundo interior”, define a artista.
Assim, sua produção revela um universo íntimo e, ao mesmo tempo, universal — um espaço poético onde cor, textura e forma se encontram para expressar a intensidade discreta e o caos terno da existência humana.







