ARQSOL: Arquitetura é Essencial
Vivência tátil e sensorial, a arquitetura é cada vez mais uma peça-chave na criação de espaços educacionais saudáveis e que contribuem para a aprendizagem, o psicológico e as relações interativas
por Thaís Casagrande
Você já entrou em algum prédio e, de repente, começou a ter dificuldades para respirar, irritação nos olhos, passou a espirrar e tossir com frequência? É bem provável que esse local estivesse sofrendo com a Síndrome do Edifício Doente.
A Síndrome do Edifício Doente foi reconhecida pela OMS em 1982, após o registro de alguns casos relevantes, até então misteriosos, de surtos de doenças respiratórias mortais. Porém, mais tarde, esses surtos foram atribuídos a sistemas de ar-condicionado mal higienizados. Caracterizada pelo acúmulo exagerado de agentes poluentes, bem como de microrganismos com grande potencial de causar danos ao ser humano em ambientes fechados, a síndrome é fruto de negligência e/ou falta de planos de manutenção de ambientes eficazes.
EDIFÍCIOS SAUDÁVEIS
Daí a importância de se construir edifícios saudáveis, ou seja, com uma metodologia baseada nos princípios da Biofilia, da Ventilação Natural, da Cromoterapia, da Iluminação Natural e da Neuroarquitetura. Esses são alguns pilares da Arqsol, escritório especializado em arquitetura escolar, que atua no mercado há mais de 25 anos.
“Projetamos universidades, escolas e colégios, e utilizamos todos esses elementos em conjunto para fazer com que o resultado do projeto seja um edifício saudável, ou seja, uma escola mais higienizada e sem acúmulo de bactérias e vírus”, destaca o sócio-fundador da Arqsol, Sebastião Lopes.
Nos momentos de pandemia, nunca esteve tão em evidência a importância de um ambiente bem-ventilado.
“As escolas estão recebendo apoio jurídico e sanitário através da Vigilância Sanitária e a nossa equipe está preparada para auxiliar na prevenção e na adaptação do espaço físico para que o ambiente de aprendizagem seja mais seguro para os alunos e os colaboradores”, afirma Sebastião.
EXPERIÊNCIA E MULTIDISCIPLINARIDADE
Com atuação em todo o Brasil, a Arqsol possui uma equipe multidisciplinar de arquitetos, engenheiros e designers e apresenta com excelência as melhores soluções em projeto, planejamento e urbanismo. Também estão à frente da empresa, a arquiteta Laura Lopes, com experiência no mercado internacional, e o arquiteto Rafael Lopes, especialista em planejamento e execução de obras.
Já o fundador, o arquiteto Sebastião Lopes, é reconhecido pelo Ministério Público Federal como Notório Saber Especializado em Planejamento e Projetos de Edifícios Educacionais. Ele já atuou, inclusive, ao lado do grande mestre da arquitetura, Oscar Niemeyer, no início da década de 1990, no projeto do campus da UENF − Universidade Estadual do Norte Fluminense, em Campos dos Goytacazes.
“Estou há mais de 50 anos nessa área, comecei trabalhando na construção do Campus da UFMG. Depois, morei em Brasília e trabalhei no MEC atuando na parte de projetos de escolas públicas. Desde Osório, no Rio Grande do Sul, até Rio Branco, no Acre, tem projetos meus voltados para a área educacional. Já na Arqsol, busco sempre oferecer as melhores soluções do mercado, com o objetivo de valorizar o espaço arquitetônico educacional, que para mim é fator primordial no estímulo da aprendizagem, da criatividade e do desenvolvimento de talentos. A escola física é essencial por proporcionar experiências de vivência, encontros e a sensibilidade do aluno como ser humano”, conta o arquiteto.
ARQUITETURA SUSTENTÁVEL
Para Sebastião, o diferencial da Arqsol é o conhecimento do assunto ESCOLA. Além disso, o fato de sempre se preocuparem com a bioclimática faz com que exerçam uma arquitetura mais adequada ao clima da região daquele projeto.
“Fiz vários prédios e escolas grandes em que não houve necessidade de ar-condicionado. Desde 1995, eu já me preocupava com a questão da sustentabilidade, quando nem se falava nesse assunto. Penso sempre no reuso da água da chuva, na energia fotovoltaica, na questão do lixo, sempre me preocupei com isso”, lembra.
Ele ressalta ainda que o estudo de insolação é fundamental para identificar a localização mais eficiente das placas fotovoltaicas, possibilitando que a edificação produza energia alternativa, renovável, limpa e sustentável. Outra questão primordial nas obras da Arqsol é a cromoterapia.
“As cores influenciam diretamente nas emoções e nas sensações, elas trazem vida e movimento ao ambiente quando usadas da forma correta. Considero essa a minha marca registrada: sempre colorir os prédios! A cidade toda cinza e branco é horrível. Então, quando eu faço um prédio no meio da cidade, ele se destaca pelo colorido. Isso faz bem aos nossos olhos e nos emociona”, revela o arquiteto.
Já na parte de biofilia, a Arqsol usa sempre plantas nativas do nosso país com estratégias que aproximam o usuário da natureza, pois, segundo estudos, os seres humanos têm uma ligação emocional genética com os elementos biofílicos.
De acordo com Sebastião, “alunos, professores e funcionários passam a maior parte do dia em ambientes fechados. Então, por que não trazer elementos da natureza para o interior das escolas? Pátios internos arborizados, jardins verticais, vasos, espelhos d’água, fontes e materiais que remetam à natureza são exemplos desses elementos, que contribuem ainda mais para o estímulo da produtividade e da criatividade, para a redução do estresse e para o bem-estar físico e mental. Além disso, as plantas contribuem para a qualidade do ar interno”.
Sebastião faz questão de destacar que não considera a escola somente o prédio, porque ela se “esparrama” pelo terreno: “Então, eu crio a área de lazer, a área de socialização, espaços como anfiteatros, e mobiliário inteligente para estimular o ensino e o desenvolvimento dos alunos”.
Para o arquiteto, fazer uma composição arquitetônica é como fazer uma composição musical. “Tem que fazer uma composição toda harmonizada com cores, volumes e texturas. Todos os espaços devem ser agradáveis e oferecer saúde, com elementos naturais que contribuam para o psicológico e para as relações interativas”, finaliza.